As políticas afirmativas de acesso ao ensino superior na UFFS para os povos indígenas e para imigrantes são um importante fator de promoção e proteção dos direitos, do respeito à diversidade e à interculturalidade. A conquista das mais novas formandas do Campus Realeza representa como a educação é um importante papel de transformação social, conforme explicou o diretor do Campus Realeza, Marcos Antonio Beal.
“Este é um momento histórico para o Campus Realeza, que tem a honra de formar, pela primeira vez, uma imigrante haitiana e uma indígena do povo Kaingang, ambas mulheres, que simbolizam a força, a resiliência e o poder transformador da educação. A UFFS tem se destacado na promoção de políticas afirmativas, como o Programa de Acesso e Permanência dos Povos Indígenas (PIN) e o Pró-Imigrante, que são fundamentais para combater as desigualdades históricas e garantir o acesso ao ensino superior para aqueles que, historicamente, dele foram excluídos. O sucesso dessas alunas não é apenas delas, mas de suas comunidades e de todos que acreditam no poder da educação como ferramenta de transformação social”, defendeu Beal.
Este ano, o Programa de Acesso e Permanência dos Povos Indígenas (UFFS) completou 12 anos de existência. Além disso, a instituição conta com 724 estudantes indígenas matriculados e que ocupam vagas nos cursos de graduação em seis campi da UFFS, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já o Programa de Acesso e Permanência a Estudantes Imigrantes (Pró-Imigrante) é mais recente, criado em 2019 a partir do Pró-Haiti. O número de estudantes imigrantes chega a 205. Boa parte destes estudantes estão matriculados no Campus Chapecó.
O processo de seleção para o PIN é feito a partir da análise de histórico escolar (notas em Português e Matemática). O Pró-Imigrante considera a avaliação de uma Carta de Intenções e entrevista em português, com foco em motivações acadêmicas do candidato.
Além disso, a UFFS oferta aos estudantes bolsas permanência e monitorias de ensino, voltadas a oferecer apoio didático-pedagógico para inserção acadêmica. Os estudantes indígenas, quilombolas e migrantes podem contar ainda com o apoio de diferentes espaços, como o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), assim como das comissões do PIN e Pró-Imigrante.