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Projeto de extensão promove diálogos sobre diversidade, políticas públicas e cidadania

Iniciativa que partiu do PPGDPP, do Campus Cerro Largo, conta com o apoio de diversas entidades regionais

Diretoria de Comunicação Social — 26 de Setembro de 2025 — Atualizado em 26/09/2025

Projeto de extensão promove diálogos sobre diversidade, políticas públicas e cidadania

Registro da atividade "Movimentos LGBPQIAPN+ e educação: caminhos para a inclusão e o respeito às diversidades", realizada no Colégio La Salle Medianeira, em Cerro Largo (RS)

A percepção de que os debates sobre diversidade, direitos humanos e respeito às diferenças precisam ultrapassar os limites da universidade e alcançar a comunidade em geral, motivou a elaboração, em 2024, do projeto de extensão "Diálogos de diversidade, políticas públicas e cidadania: tecendo redes de humanização e conhecimento", na UFFS – Campus Cerro Largo. “Em um contexto marcado pela ascensão de discursos neoconservadores e pelo aumento de manifestações racistas, xenofóbicas e fascistas, vimos a necessidade de criar um espaço coletivo de diálogo, reflexão e troca de experiências”, comenta a coordenador do projeto, o professor Edemar Rotta.

Conforme o coordenador, o projeto iniciou com a proposta de aproximar universidade e sociedade, mobilizando diferentes setores sociais em torno de temas ligados à cidadania, políticas públicas, cultura, patrimônio histórico, diversidades e justiça social. “Mais do que discutir conceitos, buscamos promover valores como dignidade humana, respeito e convivência, além de fortalecer a integração entre programas de pós-graduação e as realidades sociais da região, de modo que o conhecimento produzido na academia gere impacto direto e positivo na vida das pessoas”, pontua.

Segundo o professor Rotta, ao longo de 2024 foram realizadas diversas atividades que acabaram não se limitando ao formato planejado inicialmente pelo projeto e se expandiram por diferentes espaços e públicos. “Até o momento, de 2024 pra cá, já foram realizadas mais de 25 atividades, conduzidas por um grupo de pesquisadores que se deslocaram até escolas e instituições como o IFFar, a Promotoria de Justiça, Sindicatos e diferentes espaços da região. Nessas ocasiões, oferecemos palestras, formações, oficinas e momentos de diálogo com estudantes, educadores e profissionais, abordando temas como racismo, cotas raciais, direitos da população LGBTQIA+, diversidades, violência contra a mulher, povos indígenas, direitos humanos, patrimônio cultural e políticas de memória histórica”, relata o coordenador.

“Em 2025 o projeto ganhou ainda mais amplitude, com uma programação que inclui atividades sobre inclusão educacional, políticas públicas para as mulheres, religiões de matriz africana, movimentos LGBTQIA+, racismo e ações afirmativas, patrimônio cultural e direitos indígenas, entre outras. Hoje, as ações do projeto se estendem para diferentes municípios da região, como Cerro Largo, Santo Ângelo, São Gabriel, Santa Rosa, São Luiz Gonzaga e São Borja. Essa agenda, que segue até final do mês de outubro, mostra a vitalidade do projeto e reafirma seu caráter itinerante e participativo, capaz de se reinventar de acordo com as demandas sociais que emergem em cada localidade”, destaca o professor.

Foto 1: Atividade "Enfrentamento da violência: conscientização e educação das gerações futuras”, na Escola Municipal Marcelino Champagnat de Santo Ângelo. Foto 2: Atividade "Racismo no Brasil: questões sobre cotas sociais/raciais e acesso à universidade e respeito pelo outro: olhares sobre direitos humanos e reconhecimento da comunidade LGBTQIA+ no Brasil", na Escola Estadual de Educação Básica Dumont - Polivalente de Santa Rosa. Foto 3: Cine Debate com o filme “Close”, na Escola Estadual Gustavo Langsch Polivalente, de São Luiz Gonzaga.

Participantes

A realização do projeto conta com a participação ativa e protagonista dos mestrandos Varlei Machado da Rosa e Erik Luís Sott de Santis e do doutorando Fagner Fernandes Stasiaki, todos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Políticas Públicas (PPGDPP). Também conta com o apoio do servidor técnico-administrativo do Campus Cerro Largo, Francisco Angst e dos alunos do curso de Administração Marcivaldo Cardoso Lopes e Wilbert Neltidor. Neste ano o projeto foi contemplado com uma aluna bolsista, Camili Khol, graduanda em Administração da UFFS - Campus Cerro Largo. Há ainda o apoio externo dos professores da URI - Campus Santo Ângelo, Rosângela Angelin e João Martins Bertaso. 

O projeto conta, também, com diversas entidades parceiras, que integram um grupo de promotores e copromotores do evento “Diálogos de Diversidade: tecendo redes de humanização e conhecimento”. Entre as entidades promotoras estão: projeto de extensão “Diálogos de diversidade, políticas públicas e cidadania: tecendo redes de humanização e conhecimento”; Grupo de Estudos Violência de Gênero (Psicologia URI - Santo Ângelo); grupo de extensão “Gênero, diversidade e direitos humanos em sociedades democráticas” (PPGDireito URI - Santo Ângelo); Programa de Pós-graduação em Direito da URI - Santo Ângelo; Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Políticas Públicas da UFFS; Diretório Central de Estudantes (DCE) da URI - Santo Ângelo; Instituto Federal Farroupilha - Campus Santo Ângelo (NUGEDIS – Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual e NEABI – Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e indígenas); NEABI – Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e indígenas da UFFS – Campus Cerro Largo; Sindicato dos Professores do Ensino Privado (SINPRO/RS).

As entidades copromotoras são: Diretório acadêmico de Psicologia da URI - Santo Ângelo; cursos de Psicologia, Direito e Educação Física da URI - Santo Ângelo; ONG Girassol de São Borja; Coletivo Mulheres na Luta de Santo Ângelo; Promotoria de Justiça de Santo Ângelo; 9º Núcleo do CPERS; Associação Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa (AREDE); PET Saúde Equidade; Grupo de Estudos Democracia, Culturas, Políticas Públicas e Desenvolvimento (DCPPD); Centro Universitário da Região da Campanha (URCAMP), Campus São Gabriel; Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI – UNIPAMPA/SG); Colégio La Salle Medianeira – Cerro Largo.

Foto 1: Atividade "Adultização infantil: um olhar sobre aspectos psicológicos e jurídicos", na URI – Santo Ângelo. Foto 2: Atividade "As Políticas de memória e patrimônio do Sítio Arqueológico de São Miguel", no IFFar - Campus Santo Ângelo. Foto 3: Atividade "Os direitos indígenas - URCAMP e UNIPAMPA", no Espaço Garden, em São Gabriel.

Trabalho conjunto

Como explica o coordenador do projeto, cada instituição promotora e copromotora pode organizar uma ou mais ações, que abrangem desde palestras, oficinas e rodas de conversa, até atividades culturais e artísticas. “A comissão organizadora, além de acompanhar e orientar a realização dessas iniciativas, também é responsável por entrar em contato com escolas, universidades e demais instituições interessadas em desenvolver propostas que fomentem o debate sobre diversidade, equidade e inclusão. Dessa forma, busca-se fortalecer o diálogo, sensibilizar diferentes públicos e ampliar os espaços de reflexão crítica”, explica Rotta. As entidades ou pessoas que tenham interesse em participar das atividades do projeto podem entrar em contato por meio do perfil de Instagram do projeto, @dialogosdediversidade.

Para Rotta, “trabalhar esses temas junto à comunidade regional é fundamental, porque cria espaços de diálogo, reflexão crítica e aprendizagem coletiva, além de estar diretamente ligado com o papel social da Universidade. O enfrentamento das desigualdades e a valorização da diversidade não devem ser vistos apenas como exercícios acadêmicos, mas como práticas necessárias para a construção de uma sociedade justa e plural. A extensão universitária é o elo que aproxima o conhecimento acadêmico das realidades vividas pela sociedade, permitindo que o que é discutido na universidade reverbere fora dela e gere transformações concretas. Nesse sentido, o projeto cumpre com a função de aproximar saberes, estimular o diálogo e fortalecer vínculos”.

“O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Políticas Públicas (PPGDPP) valoriza iniciativas dessa natureza porque entende que o conhecimento não pode permanecer restrito às salas de aula ou às publicações científicas. Ele deve circular, alcançar as pessoas e contribuir para a justiça social. Além disso, o projeto tem um impacto direto na formação dos estudantes que participam de sua organização. Envolvidos em todas as etapas, eles têm a oportunidade de desenvolver competências acadêmicas, sociais e profissionais, fortalecendo sua visão crítica e o compromisso com a transformação social”, finaliza o coordenador.

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