Apresentação
Nesta obra, que surgiu a partir da vivência da autora com a cultura do povo Kaingang, busca-se desvelar, pelo viés da decolonialidade, a exclusão dos povos nativos dos espaços de produção do saber. No momento em que os povos indígenas começam a acessar os espaços formativos universitários, questões como epistemologia, racismo epistêmico, epistemicídios, colonialidade do ser, saber e poder apontam para um repensar do modelo científico hegemônico, das demandas específicas destas populações, da recuperação e visibilidade de seus saberes e formas específicas de pensar e se relacionar com o outro e com a natureza.
“Dialogando sobre conhecimento e ciência a partir da cultura Kaingang e da perspectiva decolonial”, que se constitui de dez capítulos, tem como público de interesse os profissionais que atuam nos espaços formativos, de forma a trazer elementos para construir lógicas educativas voltadas ao contexto dos povos indígenas, suas cosmologias, suas estratégias de transmissão e produção de conhecimentos.
* Trata-se de adaptação da pesquisa "Dialogando sobre conhecimento e ciência a partir da cultura Kaingang e da perspectiva decolonial", apresentada no Mestrado do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da UFFS – Campus Erechim (RS) e classificada no Edital Nº 430/GR/UFFS/2020 (Seleção de obras dos PPG da UFFS para publicação pela Editora UFFS).
Autora
Elisabete Cristina Hammes
Licenciada em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 1999. Graduada em Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências da Natureza, pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em 2021. Especialista em Gestão Escolar, pela Universidade Castelo Branco, em 2005, e em Saúde Coletiva: Ênfase em Saúde Mental, pela Escola de Saúde Pública (RS), em 2010. Mestra em Ciências Humanas pela UFFS. Servidora pública na UFFS, com atuação na Secretaria do Curso de Arquitetura e Urbanismo – Bacharelado e como chefe da Secretaria Geral de Cursos.