Carolina Dacroce Dariva está iniciando sua trajetória na universidade. Estudante da segunda fase do curso de Medicina da UFFS – Campus Chapecó, ela resolveu se desafiar ainda mais: participou do Prêmio Capes Talento Universitário 2024. E diante de milhares de participantes do país inteiro, ela conquistou a posição 325 e, com isso, uma premiação.
A posição não era esperada por Carolina. Ela conta que não tinha expectativa de ficar entre os mil primeiros colocados, que são premiados. Entretanto, conseguiu ficar na primeira metade do ranking.
A jovem cursou apenas o primeiro semestre do curso de Medicina, então considera que não tenha um currículo extenso. Porém, ela já se envolveu em um grupo de pesquisa sobre câncer de bexiga com a professora Sarah Maciel, participou do projeto de extensão HiperManada (para aferição de pressão arterial no complexo esportivo Verdão). Também foi ouvinte em alguns eventos como Medtech Summit, Simpósio de Oncologia e outros promovidos pela UFFS, por ligas acadêmicas e pela Federação Internacional de Associações de Estudantes de Medicina (IFMSA). “Minha trajetória até então tem sido interessante, tenho me adaptado e aprendido muito”.
Com as atividades e estudos no curso, a preparação de Carolina para a prova não foi tão intensa. Contudo, foi facilitada justamente por ela ter recentemente saído de estudos intensivos de conteúdos que fizeram parte da prova. “Procurei relatos de pessoas que já haviam sido premiadas em anos anteriores e revisei de forma bastante breve os principais assuntos do Ensino Médio, principalmente das disciplinas que sentia maior dificuldade e menor lembrança dos conteúdos. Isso porque durante o período pré-vestibular, considero que já tive uma boa preparação para esse estilo de prova de conhecimentos gerais”, conta.
A participação no edital é facultativa, e Carolina conta que se inscreveu por considerar o valor do prêmio atrativo (R$ 5 mil aos mil primeiros colocados), além do certificado, que, para ela, “já é uma honra”. Como tinha passado, recentemente, por vestibulares, ela considerou que fazer mais uma prova de conhecimentos gerais seria possível. “Acredito que foram mais tranquilas para mim as questões de biologia, até porque é uma área que venho mantendo contato de certa forma. A parte mais desafiadora, com certeza, foi a física”, comenta.
Para futuros editais, Carolina faz sugestões a quem quiser se inscrever ao prêmio: “se já tiver passado por um tempo de preparação sólida para vestibulares e, sobretudo, para o Enem, acredito que basta se atentar as especificidades do edital e revisar o quanto tiver disponibilidade, já que conciliando com a faculdade fica mais complicado. Se não, focar nos conteúdos mais acessíveis e mais cobrados nos processos seletivos para ingresso no Ensino Superior”, aconselha ela. E acrescenta: “tentem, não subestimem o potencial de vocês. Muitos estudantes se inscrevem e desistem de prestar a prova. As chances de ganhar não são baixas, e vale a pena quando você vê a felicidade e o orgulho da família”, finaliza.